3 de jun. de 2009

Nas Ondas da Nostalgia

Assistir Os Piratas do Rock (The Boat That Rocked, 2009) me deixou com uma vontade enorme de rever A Era do Radio (Radio Days, 1989), do meu queridíssimo Woody Allen.
Os dois filmes tem mais em comum que o amor pelo radio e como este influenciou toda uma época; ambos tratam de nostalgia.



A Era do Rádio descreve, de forma cômica, doce e magistralmente romântica, o radio nos anos 40. Na verdade, muito mais do que tratar do radio, o filme é uma reflexão sobre a fugacidade de tudo o que julgamos perene. É um filme sobre memória de uma era, muito mais que sobre uma era em si. Banhado com 43 sucessos dos anos 40 (dentre eles, “In the Mood” e “That Old Feeling”), o filme mostra que resisitiremos a passagem do tempo, mesmo que com tanta nostalgia e com a triste certeza de que o que julgamos tão importante para a nossa geração será esquecido pelas proximas.
Woody Allen confessou que a idéia do filme começou quando ele fez uma coletânea de musicas com um significado muito grande em sua vida, e como cada uma delas evocava sua memória. Surgiu, então, a idéia de fazer um filme que mostrasse como a forma como lembramos os fatos marcantes de nossa vida definem quem somos, e quem podemos ser.



Os Piratas do Rock também descreve o poder do radio e sua influencia sobre a vida das pessoas, agora nos anos 60. Mais precisamente, o filme é uma declaração de amor ao Rock’n Roll e a irreverência de uma época. Com tiradas engraçadíssimas e trilha sonora imperdível, em vários momentos lamentei não fazer parte da tripulação.

Atualmente, o radio não é muito mais que uma forma de vender as músicas que ora fazem sucesso, mas o radio costumava ser usado para transmitir sonhos. Ambos os filmes sao baseados em épocas em que esse veiculo de comunicação afetava de forma profunda as vidas de seus ouvintes, e como a memória dessa época influenciou as gerações seguintes.
Mesmo quem – como eu – nasceu depois dessa época, se sentirá nostálgico ao assistir esses filmes. Nostalgia por uma época que passou, e pela consciência que essa época em que vivemos vai passar também...

2 comentários:

Thaysa Ramos disse...

Ai, ai...to numa nostalgia! De quem eu nao sou ainda, do que ainda nao vivi...nostalgia de maluco tambem vale ne?! Rsssss....belo texto! :P

Sabrina Noureddine disse...

Oi Lisa,
Nostalgia... é uma constante em nossas vidas, cada sonho é embalado por uma musica, um objetivo pode ter sido alimentado pela letra de uma poesia, o amor, esse é o mestre dos sentimentos dos nostálgicos...Abs.